segunda-feira, 17 de julho de 2017

Fiquei baralhada

Diz a vida:
- Tens de lutar por aquilo que queres! Sem luta, nunca terás nada!

Acrescenta a vida:
- Mesmo que lutes por aquilo que queres, podes nunca chegar a alcançar, porque aquilo que pretendes, pode não te estar destinado, e assim, mesmo que lutes sem haver amanhã, não há qualquer hipótese, não está ao teu alcance.

Ainda a vida:
- Se aquilo que queres, for para ser teu, podes até nem lutar, porque se te está destinado, a ti pertencerá...

Ok, pelo sim, pelo não, continuo a lutar.

E tu, minha querida vida, tu decide-te, que andas um pouco baralhada!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

with(out) you



We'll shine like stars in the summer night,
we'll shine like stars over winter skies,
one heart, one hope, one love...

Vale a pena


terça-feira, 11 de julho de 2017

Um conto

Não era um lugar qualquer no mundo, numa qualquer época, era um império em tempos de abundância, governado com mão pesada, regido por regras rígidas e pensamento intransigente. Era um império de beleza exuberante, construído em alicerces esculturais, onde as ruas brilhavam de tanto ouro que ostentavam, mas onde as pessoas não sorriam porque, apesar de terem tudo o que podiam ter, não tinham tudo o que queriam.

Augusto era tudo o que queria e o que tinha, um homem altivo de porte emproado, com poder mas irresponsável e ganancioso. Sonhava em ser maior, aquele ao qual todos se curvavam, que controlava a sua vida, a dos outros e a de um império. Era filho do imperador, mas isso não era o suficiente, ele queria sem qualquer adiamento, tudo aquilo que tinha direito por sucessão. A descrição de sua alteza, não pode deixar escapar, ao leitor mais atento, a frustração e o trauma de uma infância desprovida de atenção, negligenciado pela mãe e violentado pelo pai.

Com a ajuda dos seus pretorianos, tão sedentos de poder como ele, Augusto matou o seu pai, afinal tinha tido uma educação dura e com a qual aprendera a não sentir qualquer tipo de piedade ou culpa (culpa esta, que se espelhou nos olhos já sem vida de seu pai, quando expirou pela última vez). Envenenou-o com o veneno que este lhe transmitira durante toda a sua vida e governou o império com a mesma rigidez. Cego pela riqueza e poder abandonou as suas responsabilidades, e as pessoas governadas por ele, que outrora infelizes mas ricas, foram esquecidas nas ruas sumptuosas [mas impregnadas] de pobreza, fome e pestilência.

A situação tornou-se insustentável e a sede de mudança inevitável. Enquanto Augusto se embriagava na sua própria vaidade (e, para ser mais direta, em barris de vinho), não se apercebia que se sussurravam palavras de conspiração, não se apercebia das movimentações de revolta que se espalhavam pelos becos escondidos. Os súbditos do império não queriam apenas o que lhes fora arrancado, queriam igualmente a única coisa que sempre lhes fora negada, a liberdade de expressão e a oportunidade de não serem aquilo que lhes era imposto.

Apesar do desespero que lhes pautava o quotidiano e da insurgente coragem que brotava da sua vontade de transformação, nem todos estavam de acordo em se fazer algo para acabar com a maldade imperial. Havia os que não eram adeptos da mudança, fugiam dela como quem foge da morte, mesmo que esta fosse a provável consequência da sua inércia.

O medo (para não mencionar aquilo que assalta o pensamento até dos que pouco pensam, cobardia nua e crua) toldava-lhes a já pouca capacidade de sobrevivência e luta. Gerou-se um conflito dentro da revolta embrionária, corroendo por dentro algo que ainda não estava enraizado e cimentado. Formaram-se grupos, os que estavam a favor da queda do imperador e os que nada queriam fazer, julgando que, se nada fizessem, o regime cairia por si.

Os constantes recuos e contratempos que adiavam a promessa de um império justo fizeram crescer suspeitas de traição, mesmo estando Augusto ofuscado com o seu próprio reflexo, foi despertado e alertado pelos pretorianos, que aconselharam uma rápida intervenção. A defesa do seu precioso império estava em marcha enquanto a vontade de o derrubar (será que nunca iria passar disso mesmo, de vontade?) se equilibrava no gume de uma navalha.

Numa manhã fria de outono, aqueles que planeavam a libertação, foram torturados, mortos, esventrados e pendurados pelas ruas, lembrando aos cobardes o seu destino se a coragem algum dia despontasse das suas entranhas. Mas aquilo que ecoava pelo império, e pela mente dos leitores, era a frustração, não pelo que não tinha sido feito, mas pela ausência de alguma vez terem tentado.

M.P.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Evenstar

This is not the end...
It is the beggining.
You cannot falter now
If you trust nothing else
Trust this -
Trust love.

The Lord Of The Rings

Colors of the wind

You think you own whatever land you land on
The Earth is just a dead thing you can claim
But I know every rock and tree and creature
Has a life, has a spirit, has a name

You think the only people who are people
Are the people who look and think like you
But if you walk the footsteps of a stranger
You'll learn things you never knew you never knew

Have you ever heard the wolf cry to the blue corn moon
Or asked the grinning bobcat why he grinned?
Can you sing with all the voices of the mountains?
Can you paint with all the colors of the wind?
Can you paint with all the colors of the wind?

Come run the hidden pine trails of the forest
Come taste the sunsweet berries of the Earth
Come roll in all the riches all around you
And for once, never wonder what they're worth

The rainstorm and the river are my brothers
The heron and the otter are my friends
And we are all connected to each other
In a circle, in a hoop that never ends

 How high will the sycamore grow?
 If you cut it down, then you'll never know
And you'll never hear the wolf cry to the blue corn moon
For whether we are white or copper skinned
We need to sing with all the voices of the mountains
We need to paint with all the colors of the wind

You can own the Earth and still
All you'll own is Earth until
You can paint with all the colors of the wind.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

E porque sinto um mar de saudades...

"Os ventos que às vezes tiram alguém que amamos,
são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...
Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado,
mas sim, amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é realmente nosso,
nunca se vai para sempre..."

Bob Marley











domingo, 25 de novembro de 2012

i've been there

Conheço a sensação, um misto de sentimentos impossível de se explicar. Já o senti...
Um nó na garganta, um peso no peito. A vontade de não ver o que se sente.
Mas, infelizmente, ou felizmente, a vida mostra-nos sempre o outro lado.

sábado, 24 de novembro de 2012

attraversiamo

”Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Amanhecer

Quando o sol nasceu
A lua ainda brilhava no céu,
E a luz do amanhecer
Dissipou o nevoeiro da minha alma.

O meu corpo,
Outrora entorpecido por pensamentos enclausurados ao passado,
Acordou da noite escura sem estrelas ou luar,
E sorveu o calor de um novo dia.

As incertezas permanecem,
Presas a uma corrente enferrujada pelas lágrimas.
Mas, um sentimento puro e verdadeiro,
Cimenta a esperança num futuro transparente, mas traído pela vida,
Numa felicidade roubada mas reavida.

M.P.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Vai e vê em frente

 "Ma petite Amélie, vous n'avez pas des os en verre. Vous pouvez vous cogner à la vraie vie. Si vous laissez passer cette chance, alors avec le temps, c'est votre coeur qui va devenir aussi sec et cassant que mon squelette. Alors, allez-y, nom d'un chien!"

Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Da conclusão

Na vida, muitas vezes tiramos conclusões precipitadas, mas que para nós, são conclusões suficientes.
O problema, é que muitas dessas conclusões, são baseadas em premissas insuficientes.
Porque nunca se vê o todo, nunca se vislumbram todos os lados, faces, cantos, ângulos.
O que fica por ver, pode ser o suficiente para que muitas conclusões que no fundo são insuficientes, possam mudar o rumo de tudo.

Perdoar

"Pensei que fossemos invencíveis.
Mas se ficamos juntos,
não é porque esquecemos
o que fizemos um ao outro,
e sim porque perdoamos!"

(Não sei o autor)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A curto e médio prazo

Eu acredito que a vida sabe o que faz e que acaba sempre por colocar tudo nos devidos lugares, que tudo o que acontece, acontece por um motivo, que as coisas estão destinadas a ser, independentemente das voltas e cambalhotas que se dê.

Mas também sou humana! E tenho todo o direito de duvidar e interrogar-me sobre o que raio é que ela anda a fazer e a magicar! Tenho direito a chamar-lhe nomes e a perguntar se anda a gozar comigo!
É que isto de bater sempre na mesma tecla, já me anda a irritar! Acho que já me estou a tornar repetitiva, e isso não me agrada mesmo nada! Por isso, vida, vê lá se te despachas com o que tens reservado para mim, a curto e médio prazo, sim?

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Porquê?

Esta foi a pergunta que me tirou a concentração durante a tarde.
Realmente... porquê?
Mas, isso interessa?
Não, para nada mesmo...