Nesse sonho houve de tudo, todos os sentimentos marcaram presença, até os que não deviam. Ou talvez sim, porque até nos sonhos o que não deve ter lugar, tem um cantinho só para si, nem que seja para mostrar o que realmente interessa, o imutável para além do mutável, o que apesar de ser posto à prova permanece de pedra e cal.
O sonho cresceu formando ideais e exigências, cobrando promessas, perscrutando o coração à procura do que é exteriormente aceite, e esquecendo o que interiormente permanecia adormecido no seu próprio sonho. O verdadeiro, o real, o palpável sem o ser, a base construída em sentimentos que apesar dos segundos, minutos, horas, dias, meses e anos, ficaram inalteráveis na sua inevitável mudança.
Este sonho continua a sua jornada, levando consigo as certezas de outrora, lutando com as incertezas do amanhã, mas carregado de sentimentos verdadeiros, vividos em pleno, postos à prova. Sentimentos de um sonho que lutam com a realidade e com o facto de serem reais num mundo movido por sonhos.
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