Este meu cantinho da alma, é meu.
E por isso, há-de ficar, persistir, imutável nas suas ideias e devaneios, nas suas opiniões e vontades, na sua escuridão e luz, no seu tom melancólico ou feliz, gravado na minha essência.
É e sempre será o meu diário escrito, relatado, chorado, vivido e exorcizado. Imune à censura dos que se vêm nele, sem sequer aqui estarem. A redoma da minha espontaneidade, daquilo que se quer soltar. O abrigo do qual preciso para me libertar das correntes que sufocam a minha vontade de simplesmente ser.
Se me exponho ao mundo e revelo a minha fragilidade ou força, é comigo. Se digo o que muitos não querem ouvir num tom mudo mas verdadeiro, então cerrem os olhos e ouçam a sábia consciência (se a tiverem). É para todos, mas para ninguém em particular.
Este é o meu blog, onde nada é escrito por acaso, onde tudo é sentido, onde me perco em pensamentos que não chegam a ver as letras do teclado, onde preciso de me encontrar sempre que ando à deriva, onde descarrego a minha felicidade quando já não cabe dentro do peito, onde preciso de ler o que acabei de escrever para não me esquecer de quem sou.
Este é o meu blog... meu.
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